APRENDER NO TERREIRO: HISTÓRIA, CULTURA E RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANAS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS

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Autores

  • Marcelo Moraes Studinski Universidade Federal do Rio Grande https://orcid.org/0000-0001-9381-9733
  • Carmem Gessilda Burgert Schiavon Instituto de Ciências Humanas e da Informação da Universidade Federal do Rio Grande

Palavras-chave:

Educação nos Terreiros; Ensino de História, História afro-brasileira.

Resumo

Após mais de quinze anos de promulgação da lei 10.639/2003, abordar a temática das religiões afro-brasileiras nas escolas perpassa pelo enfrentamento da discriminação e da intolerância religiosa. Neste horizonte, no presente artigo, objetivamos evidenciar o papel dos terreiros enquanto “lugares de memórias” (NORA, 1992), com vistas a aproximar a distância social entre a Escola e os locais de cultos afro-brasileiros, imposta pelo racismo que estrutura nossa sociedade. Desta forma, nos limites deste texto, abordaremos a importância que a memória exerce para a formação das identidades dos sujeitos que professam essas religiões, a partir dos conceitos fundamentais para a compreensão do terreiro enquanto espaço cultural, social e de resistência negra, que preserva diferentes saberes acerca da história e da cultura africana e afro-brasileira. Para tanto, o texto está dividido em três partes: na primeira abordaremos a relação de Exu com a educação nos terreiros e, também, nas escolas, bem como a formação dos cultos africanos no Brasil, escravidão, sincretismo, nações de candomblé e terreiros. Na segunda, discorreremos sobre a relação História, Memória e lugar de memória. Por fim, apresentamos uma proposta de enfrentamento à intolerância religiosa, a partir de reflexões acerca da oficina – que leva o mesmo nome deste texto – realizada em um terreiro de candomblé, ministrada pelos autores, sob o título: “Aprender no terreiro: História, cultura e religiões de matriz africanas para educação das relações étnico-raciais”. Sendo a encruzilhada o espaço de encontros de caminhos, ponto-de-partida ou de chegada, de aproximações e distanciamentos, a narrativa que segue, adotará a mitologia iorubá como forma de aproximar a História e o Candomblé, isto é, a Educação nos e a partir dos terreiros.

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Biografia do Autor

Marcelo Moraes Studinski, Universidade Federal do Rio Grande

Bacharel em História pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Aluno do Mestrado Profissional em
Ensino de História (PPGH-FURG). 

Carmem Gessilda Burgert Schiavon, Instituto de Ciências Humanas e da Informação da Universidade Federal do Rio Grande

Doutora em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Professora do Instituto de Ciências Humanas e da Informação da Universidade Federal do Rio Grande (ICHI-FURG). 

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Publicado

2024-01-09

Como Citar

Studinski, M. M., & Schiavon, C. G. B. (2024). APRENDER NO TERREIRO: HISTÓRIA, CULTURA E RELIGIÕES DE MATRIZ AFRICANAS PARA EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS. Missões: Revista De Ciências Humanas E Sociais, 6(2), 222–245. Recuperado de https://revistamissoeschs.com.br/missoes/article/view/148

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