PATRIMÔNIO CULTURAL E MEMÓRIA SOCIAL NA FRONTEIRA SUL: ESTUDO DE CASO DA ASSOCIAÇÃO CRUZEIRO JAGUARENSE (1881-2016) EM JAGUARÃO RS
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Patrimônio Cultural; Associação Cruzeiro Jaguarense; Jaguarão.Resumo
O presente trabalho está vinculado ao programa de pós-graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural da Universidade Federal de Pelotas. A tese em andamento aborda a constituição de uma entidade associativa recreativa fundada no ano de 1881, O “Club Jaguarense” no município de Jaguarão no sul do Rio Grande do sul. E problematiza ainda a sua patrimonialização recente já com a denominação atual como Associação Cruzeiro Jaguarense, nome adotado após a fusão com um clube de futebol local, o Esporte Clube Cruzeiro do Sul em 1975. Agora o problema que motiva o estudo acontece no dia 02 de novembro de 2011, quando do telhado da sede central da entidade desaba e passa por reparos emergenciais com aporte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. E tal investimento foi possível devido ao imóvel estar localizado em área tombada pelo governo federal em 2011, tendo em vista o reconhecimento do conjunto histórico e paisagístico de grande parte do centro do município. Logo, é necessário destacar que nas diretrizes de proteção estabelecidas no estudo que deu origem ao tombamento o imóvel em questão aparece elencado como de proteção máxima, apontada como rigorosa. Atualmente imóvel sede da entidade segue interditado aguardando uma possível restauração, mas como o processo pode ser moroso, envolve técnicas e custos econômicos, bem como interesse dos
agentes envolvidos, ou seja, a própria Associação e ainda outros como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e Prefeitura Municipal. Além disso, existem mudanças nos padrões de sociabilidade que apontam também para o declínio deste tipo de agremiação, corroborando para a relevância do estudo. A metodologia adotada trabalha com fontes documentais da Associação Cruzeiros Jaguarense, assim como jornais e história oral. Os resultados preliminares apontam para a relevância cultural do bem cultural em questão como documento, monumento e suporte de memória.