APOSTA CONTEMPORÂNEA DE PESQUISA-INTERVENÇÃO:
IMPASSES ENTRE OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE NAS CIÊNCIAS HUMANAS.
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Pesquisa-intervenção; Subjetividade; Método Clínico; Ciências Humanas.Resumo
No artigo a seguir buscamos apresentar questões atinentes à pesquisa em Ciências Humanas salientando o impasse acerca da objetividade/subjetividade em pesquisas que envolvem o sujeito. Por princípio não escamoteamos as tensões entre narração, documentação e testemunho; os enlaces entre retórica e prova, entre pesquisadores e seus objetos, e a distância que os permeia (se é que os permeia). Para tal, lançamos mão da pesquisa- intervenção em que o/a pesquisador/a é parte de seu objeto de pesquisa utilizando para tal o paradigma indiciário (Ginsburg,1986) como contraposição entre o relativismo pós-moderno (que foge à responsabilidade de averiguação logo após análise) e a tensão entre retórica e prova (pensando a relação de forças no âmbito metodológico e político-ideológico). Em acordo com o que propõe esse autor ( e em diálogo com pesquisadores/as que o comentam), iremos chamar à atenção para o caráter artesanal do ofício do pesquisador/a, fazendo em última instância uma crítica severa ao paradigma positivista na produção do conhecimento. Entenderemos, então, que a partir das pistas, indícios e sinais podemos elaborar possibilidades para as questões da pesquisa, sem anular a experiência vivenciada por quem participa e que se efetiva no corpo de quem resolve, no a posteriori, escrever sobre os processos.