VULNERABILIDADES E FORMAS DE RESISTÊNCIA: OS DESAFIOS DE HABITAR O COTIDIANO EM TEMPOS DE COVID-19
Visualizações: 36Palavras-chave:
Maranhão, Mulheres, Pandemia, Vulnerabilidade SocialResumo
O artigo explora os sentidos do luto a partir de perdas materiais e imateriais em função da pandemia da COVID-19 sob o olhar de mulheres estudantes universitárias do interior do Maranhão. Trata-se de um estado que apresenta altos índices de população em situação de extrema pobreza. Os desafios de habitar o cotidiano para essas pessoas se processam na falta de condições mínimas de moradia, saúde precária, dificuldade de acesso à educação e desemprego. Com isso, busca-se compreender como o período da pandemia alterou o cotidiano de estudantes da Universidade Federal do Maranhão-Campus São Bernardo nos aspectos relacionados a emprego, renda, lazer, educação, envolvendo diferentes percepções de luto e sofrimento social. Como metodologia, utilizou-se o grupo focal via internet. A amostra envolveu seis mulheres que atuam em projetos de ensino direcionados a alunos de baixa renda. Como resultado, verificou-se que a pandemia contribuiu para acentuar as desigualdades sociais e as mulheres foram um dos grupos sociais mais atingidos pelos efeitos da pandemia, apresentando dificuldades de manutenção da vida cotidiana, com sobrecarga de trabalho e transtornos emocionais.
Downloads
Referências
AGÊNCIA BRASIL. Um em cada 4 brasileiros não tem acesso à internet, mostra pesquisa. 29 de abril de 2020. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020- 04/um-em-cada-quatro-brasileiros-nao-tem-acesso-internet. Acesso em 29 nov. 2020.
BOM DIA MIRANTE. Quase 20% dos maranhenses vivem na extrema pobreza, aponta IBGE. 08 de abril de 2020. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/8465325/. Acesso 20 nov. 2020.
BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2018.
COMOLI, Eliane; CANTO, Karen. Pandemia impacta mais a vida das mulheres. ComCiência. Disponível em: https://www.comciencia.br/pandemia-impacta-mais-a-vida-das- mulheres/. Acesso 20 nov. 2020.
ELIAS, Norbert. A solidão dos moribundos, seguido de, Envelhecer e morrer. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
ESTRELA, Fernanda Matheus et al . Pandemia da Covid 19: refletindo as vulnerabilidades a luz do gênero, raça e classe. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 25, n. 9, p. 3431-3436, 2020.
FUNDAÇÃO FIOCRUZ. Metade das mulheres passou a cuidar de alguém na pandemia, revela pesquisa. 05 de agosto de 2020. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/metade-das-mulheres-passou-cuidar-de-alguem-na-pandemia- revela- pesquisa#:~:text=Metade%20das%20brasileiras%20passou%20a,a%20SOF%20Sempreviva
%20Organiza%C3%A7%C3%A3o%20Feminista. Acesso 21 nov. 2020.
GATTI, Bernadete Angelina. Grupo focal na pesquisa em Ciências Sociais e Humanas. Brasília: Líber Livro 2005.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje. Anpocs. p.223-244, 1984.
HARVEY, David. Política anticapitalista en tiempos de COVID-19. In: AGAMBEN, Giorgio etl al (orgs). Sopa de Huhan. Barcelona: SPO, 2020.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil. 2018. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf. Acesso 21 nov. 2020.
. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.
INSTITUTO MARANHENSE DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS E
CARTOGRÁFICOS. Regiões de Desenvolvimento do Estado do Maranhão- Proposta Avançada. Governo do Estado do Maranhão: São Luís, 2018.
Formato Documento Eletrônico(ABNT)
MACEDO, Shirley. Ser mulher trabalhadora e mãe no contexto da pandemia COVID-19: tecendo sentidos. Rev. NUFEN, Belém , v. 12, n. 2, p. 187-204, ago. 2020.
MAYARA, Jessica. Mulheres podem estar mais expostas psicologicamente à pandemia. O Estado de Minas. 29 de maio de 2020. Disponível em https://www.em.com.br/app/noticia/bem- viver/2020/05/29/interna_bem_viver,1151856/mulheres-podem-estar-mais-expostas- psicologicamente-a-pandemia.shtml. Acesso 20 nov. 2020.
MELLO, Thiago. Mormaço na floresta. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira S. A., 1983.
MUKASONGA, Scholastique. A mulher dos pés descalços. São Paulo. Editora Nós, 2017.
UFJF. A vulnerabilidade atinge especialmente negros e pobres. Campus e comunidade. 20 de março de 2020. Disponível em: < https://www2.ufjf.br/noticias/2020/03/20/a-vulnerabilidade- atinge-especialmente-negros-e-pobres/>. Acesso em: 21 nov. 2020.
RAZAC, Olivier. Historia política del alambre de espino. S.C. de Tenerife: Melusina, 2015. SARAMAGO, José. As intermitências da morte. São Paulo. Companhia das Letras. 2005.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A Cruel Pedagogia do Vírus. Coimbra: Almedina, 2020.
SOUSA, Salviana de Maria Pastor Santos et.al. A questão da pobreza no maranhão: determinantes e formas de enfrentamento. In: Jornada Internacional de Políticas Públicas, 2011, São Luís, MA. Anais (on-line). São Luís, 2011. Disponível: http://www.joinpp.ufma.br/jornadas/joinpp2011/CdVjornada/JORNADA_EIXO_2011/MES AS_TEMATICAS/A_QUESTAO_DA_POBREZA_NO_MARANHAO_DETERMINANTE
S_E_NEW.pdf. Acesso 20 ago. 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Missões: Revista de Ciências Humanas e Sociais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.