MULHER TRANSEXUAL NO DISCURSO CISGÊNERO: DIREITO À IGUALDADE E ACESSO À PRÁTICA DE NÃO DISCRIMINAÇÃO
Visualizações: 69Palavras-chave:
Transexual, Cisgêneros Normativos, Enquadramento Social, Discurso, IgualdadeResumo
A liberdade de escolha da identidade de gênero bem como a convicção da/o individua/o a respeito do sexo ao qual acredita pertencer deve ser respeitada e inserida no meio social, promovendo-se, assim, a igualdade. Na relação entre sexo, gênero e sexualidade percebe-se que a diferença sexual se restringe a uma noção de uma matriz binária compulsória. Levando-se em consideração tais identificações, é proposto aqui a Análise do Discurso Crítica como uma abordagem epistemológica para entender a sexualidade no discurso socialmente construído e gênero como categoria. Acerca disso, a ADC compreende um modelo teórico- metodológico, associada a uma abordagem qualitativa, exploratória, utilizando-se do exame documental e valendo-se do raciocínio hipotético dedutivo, para investigar o posicionamento social da mulher trans na perspectiva da pessoa cis. A pesquisa objetivou analisar a fala de um artista durante a apresentação on-line que realizou no dia 08 de agosto de 2020, reforçando o posicionamento social da mulher trans nas narrativas cis, em contraponto a promoção da igualdade e a estar livre de todas as formas de discriminação. Ao definir mulher trans no olhar cisgênero, se percebe o posicionamento hierarquizante que não reconhece o direito a igualdade, mas promovendo discriminação.
Downloads
Referências
BRASIL. Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Disponível em: https://antrabrasil.org/category/violencia/. Acesso em: 15 Nov. 2020.
BRASIL. Resolução n° 11 de 18 de dezembro de 2014. Disponível em https://www.gov.br/mdh/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/old/cncd- lgbt/resolucoes/resolucao-011. Acesso em: 18 de julho de 2020.
BRASIL. Resolução n° 12 de 16 de janeiro de 2015. Disponível em: https://www.gov.br/mdh/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/old/cncd- lgbt/resolucoes/resolucao-012. Acesso em: 18 de julho de 2020.
BRASIL. Ação Direta de Inconstitucionalidade 4275. Relator: Min. Marco Aurélio Mello. Brasília: Supremo Tribunal Federal, 1 mar. 2018. Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/ADI4.275VotoEF.pdf. Acesso em: 18 de julho de 2020.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. Disponível em:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 15 Nov. 2020.
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Diversidade. Brasília-DF: Livraria do Supremo, 2020. Disponivel em:
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/publicacaoPublicacaoTematica/anexo/diversidade.pdf. Acesso em: 15 Nov. 2020.
CÔRTES, Ana de Mello. Discriminação judicial por identidade de gênero: um diagnóstico.
Rev. Direito Práx., Rio de Janeiro, Vol. 10, N. 1, 2019, p. 101-128.
CRESWELL, J.W. Projeto de Pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. 2.ed. São Paulo, SP: Artmed Editora, 2007.
DIAGUEZ, Roberta Siqueira Macaiber. A mulher transexual no discurso contemporâneo. Periódico do Departamento de Direitos Humanos e Saúde Curso de pós-graduação Lato Sensu em Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos. Rio de Janeiro, Demetra, 2016.
FAIRCLOUGH. Norman. Discurso e Mudança Social. Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 2001.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhom Albuquerque. 13ª ed. Rio de Janeiro: Graal, 1988.
FIRMINO, Flávio Henrique; PORCHAT, Patrícia. Feminismo, identidade e gênero em Judith Butler: apontamento a partir de “problemas de gênero”. Dora: Ver. Bras. Educ., Araraquara, v.19, n.1, p. 51-61, jan./jun.2017.
FIGUEIREDO, Eurídice. Desfazendo o gênero: a teoria queer de Judith Butler. Criação & Crítica. Revistas da USP. São Paulo. n.20, 2018. p. 40-55.
GOFFMAN, Erving. Interaction ritual: essas on face-to-face behavior. Nova York, Pantheon
Books, 1967.
JESUS, Jaqueline Gomes. Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. 2 ed. Brasília, 2002.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas 2003.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. 6 ed. Petropolis: Editora Vozes: 2003.
MAINGUENEAU, Dominique. Éléments de linguistique pour le texte littéraire. Paris: Bordas, 1986.
MARÍLIA Mendonça comete Transfobia em Live. YOUTUBE, 2020. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=aBHcUlibUrU>. Acesso em: 29 de novembro de 2020.
MIRANDA, Caio. Uma das baladas LGBT mais tradicionais da história de Goiana está de volta. Curta Mais, 2017. Disponível em: <https://www.curtamais.com.br/goiania/uma-das- baladas-lgbt-mais-tradicionais-da-historia-de-goiania-esta-de-volta>. Acesso em: 29 de novembro de 2020.
PORTO, P. Mauro. Enquadramentos da mídia e política. In: RUBIM, A.A.C. (org.). Comunicação e política: conceitos e abordagens. Salvador: EDUFBA/ UNESP. p. 74-104, 2004
RAMALHO, Viviane. RESENDE, Viviane de Melo. Analise de discurso (para a) crítica: o texto como material de pesquisa. Campinas, SP: Pontes Editores, 2011.
ROCON, Pablo Cardozo; SODRÉ, Francis; RODRIGUES, Alexandro; BARROS, Maria Elizabeth Barros de; PINTO, Getulio Sérgio Souza; ROSEIRO, Maria Carolina Fonseca Barbosa. Vidas após a cirurgia de redesignação sexual: sentidos produzidos para gênero e transexualidade. Ciência e Sáude Coletiva, Rio de Janeiro, v. 25, n.6, 2020.
ROCHA, Cássio Bruno Araujo. Um pequeno guia ao pensamento, aos conceitos e à obra de Judith Butler. Campinas, SP: Cad. Pagu, n. 43, 2014.
SOUSA, Tuanny Soeiro. Retificando o gênero ou ratificando a norma? Revista Direito GV,
v. 15, n. 2, 2019, e1920.
THOMPSON, John B. Ideologia e cultura moderna: teoria social crítica na era dos meios de comunicação de massa. Petrópolis: Vozes, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Missões: Revista de Ciências Humanas e Sociais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.