FRONTEIRA CULTURAL, HISTÓRIA INDÍGENA E CONTATO ÉTNICO ENTRE OS GRUPOS CULTIVADORES PRÉ-COLONIAIS NA BACIA DO RIO ARARANGUA, SC, BRASIL

Autores

Palavras-chave:

Fenômenos de fronteira; História Indígena; Araranguá; contato cultural.

Resumo

A pesquisa teve por objetivo realizar um ensaio teórico sobre a cultura material relacionada aos grupos cultivadores pré-coloniais no vale do rio Araranguá. O objetivo foi o de identificar elementos que sugerem uma “zona de fronteira”, isto é, material arqueológico cerâmico que contenha elementos decorativos ou tecnológicos plásticos tanto de grupos Jê, associados à tradição Taquara/Itararé, como de grupos ceramistas Tupiguarani; no mesmo sítio arqueológico e/ou conjunto cerâmico. Essa cerâmica, conhecida popularmente como de “contato” ou mais antigamente como “aculturada”, pôde ser identificada através da mistura de elementos plásticos e decorativos em três sítios arqueológicos que serviram como amostra para a pesquisa. Os sítios arqueológicos SC-ARA-17: MussulineZanette (22J 0665572 E 6805042 N) e SC-ARA-22: Aldeia do Mussuline (22J 0665312 E 6807103 N) localizam-se na região do extremo sul catarinense, dentro do polígono de pesquisa do projeto Arqueologia Entre Rios: do Urussanga ao Mampituba desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Arqueologia e Gestão Integrada do Território da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Em ambos os sítios arqueológicos foram identificados fragmentos de vasilhas associados às tradições ceramistas Tupiguarani e Taquara/Itararé, além de alguns fragmentos que indicam negociações culturais entre essas duas tradições ceramistas. Identificou-se, como resultado da investigação, evidências que apontam para os tipos de interações sócio-culturais entre os grupos Jê Meridionais (Kaingang, Xokleng, Coroado) e Guarani (Carijó, Arachã, Tape). A análise irá ajudar na compreensão do povoamento pré-colonial do extremo sul catarinense por grupos cultivadores e as possíveis interações entre eles.

Biografia do Autor

Marlon Borges Pestana, Universidade Federal de Rio Grande

Professor adjunto do Instituto de Ciências Humanas e da Informação da Universidade Federal do Rio Grande - ICHI/FURG. Atuante nas áreas de Histórias das Populações Indígenas; Arqueologia Comunitária; Agroecologia das Comunidades Tradcionais, Educação Patrimonial e Extensão Rural.

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Publicado

2024-01-09

Como Citar

Pestana, M. B. (2024). FRONTEIRA CULTURAL, HISTÓRIA INDÍGENA E CONTATO ÉTNICO ENTRE OS GRUPOS CULTIVADORES PRÉ-COLONIAIS NA BACIA DO RIO ARARANGUA, SC, BRASIL. Missões: Revista De Ciências Humanas E Sociais, 5(2), 1–14. Recuperado de https://revistamissoeschs.com.br/missoes/article/view/127

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